As Carranca são esculturas com forma humana ou animal, produzidas em madeira e que eram utilizadas na proa das embarcações.
A grande maioria das carrancas foi feita entre os séculos XVI e XIX.
Embora os navios anteriores a essa época, tivessem por vezes alguma
forma de ornamentação (por exemplo, os barcos vikings de ca. 800-1100
dC), a prática geral foi introduzida com os galeões do século XVI, com a
figura de proa.
Tal como acontece com a ornamentação de popa, o propósito da figura era
muitas vezes para indicar o nome do navio (ainda que por vezes de uma
forma um pouco complicada), a uma sociedade não-alfabetizada. No caso
dos navios de guerra, servia para demonstrar a riqueza e o poder do
proprietário.
No auge do período Barroco, alguns navios vangloriavam-se com figuras
gigantescas, pesando várias toneladas e, às vezes geminada em ambos os
lados da proa.
As figuras grandes, sendo esculpidas em madeira maciça e colocadas na ponta mais à frente do casco, afectavam as qualidades de navegação do navio. Este factor, e considerações de custo, levaram a um declinia da utilização das figuras durante o século XVIII e, em alguns casos, foram completamente abolidas por volta de 1800.
Após as guerras napoleônicas fizeram uma espécie de retorno, mas desta
vez a maioria era apenas na forma de um busto de cintura para cima, em
substituição das figuras de grandes dimensões usadas anteriormente.
Os veleiros da década de 1850 e 1860 tinham habitualmente figuras
completas, mas estas eram relativamente pequenas e leves. As figuras de
proa enquanto tal desapareceram com o fim dos grandes veleiros.
Os primeiros navios a vapor, no entanto, eram decorados com frisos
dourados ou escudos de armas nas suas proas. Esta prática durou até
próximo da I Grande Guerra.
As carrancas para além de adorno, estavam muitas vezes associadas a
crenças de proteção do barco contra perigos reais e também imaginários,
como os maus espiritos.
Fontes e Fotos: Wikipedia; ww.mandragore2.net; davincipoppalag.deviantart.com; outros net.
"A arte vence a monotonia das coisas assim como a esperança vence a monotonia dos dias." (Gilbert Keith Chesterton)