24/09/2019

Carrancas ou Figuras de Proa


Foto:wikipedia_andrea malz

As Carranca são esculturas com forma humana ou animal, produzidas em madeira e que eram utilizadas na proa das embarcações.


Foto: wikipedia_Remi_Jouan

Foto: wikipedia_andrea malz

A grande maioria das carrancas foi feita entre os séculos XVI e XIX.


Foto: wikipedia_Ardfern

Foto: wikipedia_Vulkano_Seute_deern

Embora os navios anteriores a essa época, tivessem por vezes alguma forma de ornamentação (por exemplo, os barcos vikings de ca. 800-1100 dC), a prática geral foi introduzida com os galeões do século XVI, com a figura de proa.

Foto: wikipedia_Eileen_Sanda

Foto: wikipedia_Halblue_Kalamar_Nycel

Tal como acontece com a ornamentação de popa, o propósito da figura era muitas vezes para indicar o nome do navio (ainda que por vezes de uma forma um pouco complicada), a uma sociedade não-alfabetizada. No caso dos navios de guerra, servia para demonstrar a riqueza e o poder do proprietário.


Foto: wikipedia_Halblue_Kalamar_Nycel

Foto: wikipedia_Leo-seta_Turku


No auge do período Barroco, alguns navios vangloriavam-se com figuras gigantescas, pesando várias toneladas e, às vezes geminada em ambos os lados da proa.


Foto: wikipedia_Bahudhara

Foto: wikipedia_Lolita_Marrec


As figuras grandes, sendo esculpidas em madeira maciça e colocadas na ponta mais à frente do casco, afectavam as qualidades de navegação do navio. Este factor, e considerações de custo, levaram a um declinia da utilização das figuras durante o século XVIII e, em alguns casos, foram completamente abolidas por volta de 1800.


Foto: wikipedia_Mike_Peel

Foto: wikipedia_Mike_Peel


Após as guerras napoleônicas fizeram uma espécie de retorno, mas desta vez a maioria era apenas na forma de um busto de cintura para cima, em substituição das figuras de grandes dimensões usadas anteriormente.


Foto: wikipedia_Ludovic_Peron

Foto: wikipedia_yottanesia


Os veleiros da década de 1850 e 1860 tinham habitualmente figuras completas, mas estas eram relativamente pequenas e leves. As figuras de proa enquanto tal desapareceram com o fim dos grandes veleiros. 


Foto: wikipedia_cb22hh

Foto: wikipedia_Musicaline


Os primeiros navios a vapor, no entanto, eram decorados com frisos dourados ou escudos de armas nas suas proas. Esta prática durou até próximo da I Grande Guerra.


Foto: ww.mandragore2.net

Foto: wikipedia_Frederic_michel


As carrancas para além de adorno, estavam muitas vezes associadas a crenças de proteção do barco contra perigos reais e também imaginários, como os maus espiritos.

Fontes e Fotos: Wikipedia; ww.mandragore2.net; davincipoppalag.deviantart.com; outros net.


Foto: davincipoppalag.deviantart.com

"A arte vence a monotonia das coisas assim como a esperança vence a monotonia dos dias." (Gilbert Keith Chesterton)

10 comentários:

  1. Les da un toque precioso a los barcos, haz hecho una buena elección, un abrazo.

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  2. What a variety! They all are excellent....

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  3. Each statuette more beautiful than the previous one, Wonderfully made, adorns and decorates sails and ships. Beautiful and very valuable photo souvenir.
    PS - Great weather, I will ask her a little bit because it is getting cold in my place. :))

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  4. Un placer pasar por tu blog, gracias por su visita buen reportaje Saludos

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  5. Olá, Maria!
    Parabéns por esta postagem, “Carrancas ou Figuras de Proa”, minha amiga Maria, que mais me parecem poesia, essas Figuras de Proa. Gostei muito.
    Uma boa semana, com muita alegria e paz, Maria.
    Um beijo.
    Pedro

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  6. Olá Maria
    Muito interessante as carrancas, bjs querida.

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  7. Belo trabalho esse com os
    quais nos presenteia, Maria.
    Beijos.

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  8. Boa tarde Maria
    Belas obras de arte, me encantei. Um feliz més de outubro. Enorme abraço.

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  9. i enjoyed seeing these, they are so unusual and interesting. i don't think i have ever paid much attention to them!!

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“Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte.” Johann Goethe

Obrigado pela sua visita.

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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